Quem falou que um mero diretor na
área dos videoclipes não consegue surpreender? Marc Webb praticamente eliminou
a má impressão que a trilogia anterior causou na mídia. A história surpreende
em alguns fatos, como a semelhança aos quadrinhos que praticamente todo fã
gostaria de ver, e pessoalmente para mim, todos os filmes da MARVEL deveriam
seguir o roteiro original dos quadrinhos, para não correr risco de nada pior
acontecer, o velho Raimi já nos provou o quão ruim pode ser isso. Começamos com
a paixão de Peter por Gwen Stacy, que é interpretada pela a belíssima Emma
Stone que mandou muito bem interpretando um papel onde a velha história comanda
entre o amor e os perigos da cidade, fazendo com que Peter tenha que sempre
decidir a hora exata para tudo. Andrew Garfield simplesmente surpreendeu como
Homem Aranha de uma forma que ninguém esperava. Sempre senti falta daquele
herói espontâneo, e aquele personagem, como o próprio Peter Parker que sofre
uma evolução de um nerd tímido para um nerd espontâneo. A evolução dos
personagens é estrondosa e vem de uma forma tão monstruosa que ajuda no
dinamismo do roteiro, como no segundo filme é incrivelmente visível o quão
amadureceu cada um deles, fazendo com que o tom infantil fique tão desapegado
em algumas horas, capaz de deixar você tenso vendo cada minuto da cena. No
primeiro filme temos um dos principais vilões dos quadrinhos, “O Lagarto” foi o
responsável do crescimento do herói, e claro, Rhys Ifans roubava a cena em cada
aparição . Já no segundo contamos com a um ator um pouco exagerado, mas na minha
opinião atuou divinamente, Dane Dehaan vem com uma proposta que é sua explosão
emocional, retratada de uma maneira mais leve nos quadrinhos, quanto no filme
já é colocado um ênfase. Harry Osborn sempre mostrou essa revolta com o Homem
Aranha e também sempre foi um jovem nada emocional, mas no filme ele foi muito
bem colocado, e na minha opinião foi o antagonista do filme desbancado o grande
Jamie Foxx como Electro, que achei um pouco fraco devido a falta de espaço, ele
foi basicamente usado como só mais uma peça no filme, mas a cada aparição vinda
com aquela trilha sonora, davam arrepios... Um ótimo filme com um final
fantástico, ponto para Columbia e o roteirista James Vanderbitt.
A espetacular UBISOFT finalmente
lançou no ano de 2014 o sensacional “South Park: Stick of Truth”. O lance foi
fazer o game totalmente em RPG, e para isso a South Park Digital se reuniu para
roteirizar e satirizar todo o mundo controverso de Trey Parker e Matt Stone. Com
uma jogabilidade simples e sensacional, o jogo passa por diversos períodos, desde um acontecimento na escola, até fatos alienígenas. Mas o que faz ele ótimo é
com certeza a capacidade de satirizar tudo em sua volta de uma maneira tão na
cara que faz o próprio jogador pensar como é genial toda aquele pequeno
elemento, como o nazismo e a citação de um judeu como uma classe seletiva no jogo, que põe uma pintada a mais de humor e empolgação. A
coragem da já consagrada UBISOFT em apostar grande em divulgações e
investimentos com o jogo foi tão bem acertada que a edição de colecionador do
jogo é tão linda e tão bem feita que pode ter sido uma das mais belas que já vi.
Porém o jogo sofre um pouco com os combates, tem horas que fica tão chato de
jogar pela a falta de evolução, que o jogo perde a graça, mas nada que chega a
estragar o jogo, pois ainda assim a jogabilidade é boa e a fidelidade com o
mundo melhor ainda. ÓTIMO JOGO!
Neil Gaiman trouxe um mundo tão
aproveitado quanto qualquer outro, e uma das maiores utilização dele foi a de
um autor brasileiro chamado Raphael Draccon, da saga “Dragões de Éter” e um dos
mais importantes da literatura fantástica no Brasil. O romance baseado no
universo é absolutamente diferente e sensacional, onde traz uma leitura nada
cansativa e tão fluente capaz de te deixar preso no livro por horas. A história
é tão bem aproveitada junto com o universo que foi possível colocar peças e
referências novas em um único lugar sem se tornar uma lambança, e sim fazer
algo tão construtivo e tão “real” no livro que você não se sente mal com nada
na trama. A história traz uma referência da vida de qualquer criança ou
adolescente dos anos 90, que é a de Allejo, do game “Super Stars Soccer” da era
SNES. Apelido dado para Mikael Santiago, o protagonista Brasileiro conseguiu se
tornar o jogador mais caro do mundo, e junto com isso uma fama mundial repleta
de assédios. Mas Mikael era levado a uma angustia toda noite pelos seus sonhos
desumanos, onde o levou a jornada no mundo do sonhar, vivido em conflito pelos
Deuses irmãos Morpheus, Phantasos e Phobetor e também pela Deusa Madelein. Logo
depois de vários acontecimentos, o espírito de uma bailarina gaúcha cujo Mikael
se apaixona por ela e aprisionado no sonhar, e então, começa a história épica
com a prova de até onde o jovem jogador vai para buscar o seu amor. Um livro
ótimo e fluente com a proposta de incentivar novas mentes para a fantasia e provar
de que a literatura Brasileira também é pode ser fantástica. Parabéns Draccon e a editora LEYA!
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